quarta-feira, 21 de maio de 2008

Estrutura do consumo

Traduz a forma como as famílias aplicam o seu rendimento nos diversos consumos do dia-a-dia. Para estudar a estrutura do consumo subdivide-se as despesas das famílias em categorias ou rubricas (alimentação, vestuário, habitação, diversão.). A análise da estrutura do consumo permite tirar conclusões sobre o bem-estar e o nível de vida bem como sobre quais são os produtos mais adquiridos pelas famílias --> dá informações à produção.
A influência do rendimento no consumo


Existe uma certa regularidade como as pessoas repartem as suas despesas segundo o seu rendimento. As famílias com rendimentos mais baixos gastam a maior parte, senão todo o rendimento, em bens de 1ª necessidade. Se, pelo contrário, o rendimento for alto, começa-se a adquirir bens que satisfazem necessidades secundárias (divertimento, cultura...). A percentagem de rendimento destinada a bens de 1ª necessidade é, assim, menor.


Lei de Engel


A percentagem de rendimento destinada às despesas com bens alimentares é cada vez menor à medida que o rendimento aumenta


Note-se ainda, que grande parte das vezes quando o rendimento aumenta passam-se a adquirir bens de qualidade superior (melhoramos o guarda roupa...) --> Efeito qualidade

A influência do preço no consumo

P --> baixa consumo → isto de uma forma genérica

Particularmente:

Bens substituíveis: Se A é substituto de B, então se Preço de A --> Þ Consumo B
(Exemplo de manteiga e margarina ).

A este fenómeno está associado o que se chama de efeito-substituição – se o preço de um bem aumentar significativamente as pessoas tendem a substitui-lo por outro de preço inferior .

Bens complementares: Se A é complementar de B então se o preço de B --> que consumo de A já que o consumo de B também.

Podemos ainda fazer referencia a um fenómeno conhecido por efeito-rendimento e que se traduz pelo facto de quando o preço de um bem aumenta, mas este é essencial e por isso não pode ser substituído, verificando-se uma diminuição do rendimento real das pessoas (com o mesmo rendimento têm de comprar bens mais caros).

A influência da inovação tecnológica no consumo

A inovação tecnológica por um lado diminui o preço dos bens ( --> do consumo ) e por outro aumenta a quantidade de bens disponíveis no mercado (o que também --> do consumo).

A influência de modos de vida no consumo

Este aspecto está ligado às tradições, aos aspectos sociais... Por exemplo no natal consome-se mais bacalhau em Portugal do que em qualquer outra altura do ano.

A influência da estrutura etária dos agregados familiares no consumo

Verifica-se que a idade tem influência no consumo; efectivamente as famílias mais jovens têm uma estrutura do consumo diferenciada de uma família com mais idade (p.e. gasta mais em carros, educação...).

Influência do estatuto socioprofissional da família no consumo

O meio socioprofissional influencia o consumo no sentido que as necessidades variam de acordo com a nossa profissão e o meio social onde convivemos (p.e. um professor de economia tem mais necessidade de ler a imprensa diária que um professor de matemática.)

A influência da moda e da publicidade no consumo

A moda e a publicidade têm especial influência no consumo uma vez que elas nos convidam ao consumo criando-nos necessidades que nem sabíamos que as tínhamos! Quer a moda quer a publicidade assentam na dimensão social do ser humano e alimentam inúmeras actividades na nossa actividade económica.

A influência da globalização no consumo

Como vimos anteriormente, a economia está intimamente ligada à vida social encontrando-se interligada com vários aspectos da vida em sociedade.
Esta interdependência entre económico e social é também evidente quando alargamos a análise a nível mundial. Efectivamente verificamos que o que acontece num país, mais cedo ou mais tarde, acaba por se reflectir nos outros (ex: bolsas). A este fenómeno chamamos mundialização da economia, tendo como instrumento de peso as multinacionais.
Graças a esta mundialização, os produtos que se consomem pelo mundo fora, são cada vez mais semelhantes, standaardizados... é o produto Global e nós transformamo-nos no consumidor global.

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